Demasiadamente humano
Pelo segundo dia, toda a capa do Povo é dedicada à partida de seu comandante Demócrito Dummar,que se matou no início da tarde de sexta-feira. Hoje, publica frases de seus "filhos" na continuidade de homenagens. A morte prematura daquele cuja falta ainda serásentida por muito tempo na imprensa cearense abalou profundamente a redação, que ainda não conseguiu reagir. Compreensível.
Muitos deles o têm como inspirador. Mas estão esquecendo uma lição de dar a notícia completa, mesmo com ponderação. Seus contadores de história estão contando a história pela metade. E quando a notícia é incompleta prolifera a boataria. Vou esperar as edições dos jornais de amanhã. Se insistirem no silêncio, este blog vai publicar o que revelaram diversas fontes próximas ao triste evento.
Demócrito Dummar não merece este mistério que querem fazer ao seu redor. Foi um grande homem, transparente e determinado. Até na hora da partida. Não há razão para esconder as circunstâncias nem para apequenar seu último ato. Como O Povo manchetou, foi radicalmente humano. Demasiadamente humano (Nietzsche).