quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Ilusão de óptica

Recebi com atraso a colaboração do fotógrafo Luiz Carlos, que se disse indignado com a foto acima, que ilustrou a manchete do Diário, de 26 de agosto, domingo. Segundo ele, é uma exploração barata para tentar dramatizar a situação do aeroporto de Fortaleza. Sabemos que não é assim, tanto que ficou de fora do PAC. É a tentativa desesperada de fazer showrnalismo, expressão cunhada pelo jornalista para significar a notícia como espetáculo.

Pela internet, não deu para ver o autor da foto.

sábado, 25 de agosto de 2007

Voltei

Só para dizer que esta, do Reinaldo Azevedo, é imperdível. Clique aí:
Mercadante, o democrata aprendiz, é desmoralizado ...

sábado, 11 de agosto de 2007

Até breve

Amigos,

Foi bom estar com vocês. Espero revê-los em breve. Novos desafios profissionais me levam, com muito prazer, a Brasília. O acesso aos jornais impressos não será tão fácil. Se alguém tiver a fim de tocar esse barco, dê um toque pelo email andrek7a@gmail.com

Sugiro que as colaborações se intensifiquem via comentários e emails. Acho que ajuda a melhorar a imprensa e deveria continuar. Quem sabe, com a participação do atual e de quem já foi ombudsman do Povo, dos poucos jornais a ter essa ousadia.

Sempre que possível, voltarei a este espaço. (Te cuida, Correio Braziliense!) Certamente, estarei muito ocupado, graças a Deus.

Bom, se ninguém assumir, vou dar uma de César Maia com seu ex-blog. Visitas semanais ou esparsas, via email. Para receber estas atualizações, envie um email, para informar seu endereço eletrônico.


Se preferir, deixe no comentário...

Vavá Vovô

Foto do dia é de Natinho Rodrigues, publicada na p.19 do Povo, na matéria sobre a vitória do Ceará (4x1) em cima da Ponte.

Privacidade em público

O texto ao lado foi usado como ventilação da matéria "Obras mudam rotina dos frequentadores". O título não diz muito, é sobre o Passeio Público.

Quer dizer que as prostitutas querem privacidade no Passeio Público?

E ainda teve esta:

...contam os dias para a conclusão dos trabalhos. Serão 60 até o fim de setembro.

A jornalista, suponho, deve ter escrito a matéria no fim de julho. Pois, se contar de hoje, data da publicação da matéria, serão 50 dias.

Motim

Esta é de agência, mas o jornal que republica é solidário no erro. A principal matéria da p.8 do Diário se inicia assim:

O Ministério Público Militar denunciou ontem seis controladores de vôo que participaram do motim que paralisou o espaço aéreo...

Deve ter sido um descuido. Entre os controladores, há civil. Este não pode ser acusado de motim, crime cometido por militares contra superiores.

Depois, uma curiosidade: como é que eles paralisaram o espaço aéreo?

Contradição


Há um probleminha com o título ao lado, publicado na p. 4 (Política) do Diário.

"Voltam a fazer" não rima com "outras críticas".

Se os deputados voltam a fazer, serão as mesmas críticas. Se as críticas são outras, eles não voltam a fazer.
E mais: sabem qual é o assunto? Não, claro. Ele ficou no sobretítulos em letras bem menores. É óbvio que o assunto principal deve estar no título. O que deveria ser exceção virou norma. Erro comum nos jornais daqui, no Diário é mais corriqueiro.

Manchete ruim



Só mesmo falta de assunto justifica manchete do Diário de hoje. Opção pelo policial.

A morte de um soldado ocorrida na quinta-feira, ocasionada por tiros disparados contra ele no dia 3. Faltam atualidade e relevância. Ainda tentaram achar uma relevância artificial. Seria o décimo primeiro policial morto em sete meses. Se houver o décimo segundo, também será manchete? Não é uma contagem meio macabra?

A questão profissional neste caso foi só coincidência. O policial não estava em missão, era até reformado. Foi vítima, como qualquer cidadão. Se for assim, vai ter que dar manchete para advogados mortos, professores, servidores públicos etc.

Mas não é só isso. No texto abaixo da manchete, preserva-se o mito de que a simples omissão do nome preservaria a indentidade da pessoa. Deu nome completo, profissão e residência do policial morto. E resolveu omitir o nome da esposa para preservar-lhe a identidade. É óbvio que ela já está identificada.

Depois, ainda teve isto:

Até o fim desta edição ninguém havia sido preso pelo crime.

Ora, ora. O crime foi cometido no dia 3. Não se justifica esta expressão "até o fim desta edição". Ê, ê!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Biruta

O Povo sem direção nos pontos cardeais.
Na p.12, escreve:

...Sobral, cidade da região Norte,

Região Norte fica a Amazônia. Sobral fica no norte do Ceará.

E na p. 15:

entrou no País pela costa do Ceará, de onde partiu para a região sudeste.

Quer dizer, ainda está no Ceará, ao sudeste. Mas parece mesmo que ele foi para o Sudeste.

Olhaí, Jocélio

Poucos posts abaixo, comento nota da coluna Vertical S.A. em que o jornalista critica o Pão de Açúcar por não "traduzir" o nome das frutas (eles chamam ata de fruta-do-conde). Só volto ao assunto para me postar ao lado do jornalista do Povo e sugerir que transmita isso aos seus colegas de jornal.


Todos os jornais, num pacto que só se justifica por uma solidariedade jornalística. Como escrevem para si usam códigos próprios. Decidiram que a siderúrgica Ceará Steel não leva acento, sob o fragílimo argumento de que o nome é inglês. Nunca vi explicação para isso, mas entendo a subserviência do vernáculo à lingua de Milton. Se há palavras de diferentes nacionalidades num título, prevalecerá o inglês.


Lembram de uma locutora que leu I (ai) For Rainbow? É a velha síndrome. Imagino que se o chefe pedir para ler a matéria em voz alta, o jornalista vai enrolar a língua para pronunciar Ceará em inglês. Deve ser engraçado. Pense aí.


E olha como é doido: uma empresa asiática se junta a uma da Europa e abre uma empresa na América do Sul. Põe o nome "steel", de rápida compreensão no mercado internacional de commodities. Resolve homenagear o Estado onde se localiza o empreendimento. Mas os nativos não aceitam (yes, nós have steel), tiram o acento do Ceará.


Em todo o jornal, o acento só aparece na foto da placa de indicação da siderúrgica, como a da p.26.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Trocou de partido?


O Povo, na p. 2, trocou o partido do tucano, autor de artigo publicado hoje.

No artigo, vi isto:
...foram objeto de constante ação da sua ação,

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Plural

Vi este texto na chamada sobre Metrofor da capa do Povo:

...será gasto quase R$ 1,5 bilhão.

Tenho a impressão que deveria ser no plural. Não se gasta bilhão, gastam-se reais.
Será gasto um real, serão gastos quase 1,5 bilhão de reais.

Recorde histórico

Fiquei curioso com uma expressão do texto da manchete do Povo. Fui ler na p. 25 e não vi recorde histórico. Só recorde (de vendas de carro em julho).
Quem fez a capa resolveu adjetivar e pecou na redundância, porque quase todo recorde é histórico. Está superando o que até então era estabelecido como o mais.

Vírgulas demais

neste título





e no abre da matéria principal. Tudo na capa do Negócios (Diários)

Deputados no cinema



Mistério.

O que fazem os deputados Vasques Landim e Adahil Barreto na p.7 do Zoeira (Diário), ilustrando notícia sobre o filme "O Ano em que meus pais saíram de férias"?

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Linguagem

Muito boa a abordagem do jornalista Jocélio Leal (O Povo) sobre o nome que o Pão de Açúcar dá a seus produtos. Embora a praça seja Fortaleza, o nome vem da matriz: ata é fruta-do-conde, peta (sem acento gráfico) é biscoito de polvilho.

No caso do supermercado, ao menos, há uma justificativa. O sistema é um só para todo o Brasil, e a terminologia segue a da matriz.

Pior mesmo é jornalista usar uma linguagem diferente de seus leitores, sem nenhuma razão aparente, a não ser o pernosticismo.

Hoje mesmo, na manchete, que é o principal texto do jornal, o Diário dá exemplo de mau português. O jornalista que o escreveu não domina bem a língua, fato comuníssimo entre jornalistas. Pois o Diário escreveu isto:

... levou quatro tiros mas se recupera sem risco de morte.

O pior é que o profissional desconhece até a razão do modismo "risco de morte". A expressão é cara aos profetas da literalidade. Mas, coitado, se se apegar a isso, há de se perguntar: "levou os tiros para onde?".

Valeu, Jocélio! É mais fácil, porém, o Pão de Açúcar rever seus procedimentos que um jornalista admitir que está errado.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Pe. Osvaldo Chaves


Bonita festa hoje em Sobral, para homenagear o mestre de muitos. Pe. Osvaldo Chaves é nome de escola inaugurada agora no bairro Dom Expedito, onde morou e exerceu atividades pastorais.

Hoje mesmo a coluna do Lustosa da Costa (Diários) noticiou. Mas errou o nome de quem, segundo ele mesmo, foi seu mestre:

Prefeito de Sobral, Leônidas Cristino, entrega, hoje, aos estudantes sobralenses, o Colégio Osvaldo Andrade, em homenagem ao padre-poeta, mestre de todos nós.

Intermedeia


Sei que o verbo é meio chatinho, mas o certo é "intermedeia", e não como saiu na p. 12 do Diário, na figura ao lado.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Feminização

Muito estranho texto da manchete do Diário, sobre aumento de casos de Aids:

O crescimento teria duas causas: a feminização da Aids e o aumento da oferta de exame...

Com esse texto, diz-se que a Aids se tornou feminina quando quer dizer mesmo é que aumentou o número de mulheres contagiadas.

REVELAÇÃO
A chamada "Divulgadas últimas frases dos pilotos", traz a seguinte revelação:

A gravação mostra que o piloto tentou frear, mas não conseguiu.

A revelação escolhida pelo Diário não é relevante. Não se precisa da caixa-preta para deduzir que o piloto tentou frear e não conseguiu. Meio óbvio, né?