Manchete ruim
Só mesmo falta de assunto justifica manchete do Diário de hoje. Opção pelo policial.
A morte de um soldado ocorrida na quinta-feira, ocasionada por tiros disparados contra ele no dia 3. Faltam atualidade e relevância. Ainda tentaram achar uma relevância artificial. Seria o décimo primeiro policial morto em sete meses. Se houver o décimo segundo, também será manchete? Não é uma contagem meio macabra?
A questão profissional neste caso foi só coincidência. O policial não estava em missão, era até reformado. Foi vítima, como qualquer cidadão. Se for assim, vai ter que dar manchete para advogados mortos, professores, servidores públicos etc.
Mas não é só isso. No texto abaixo da manchete, preserva-se o mito de que a simples omissão do nome preservaria a indentidade da pessoa. Deu nome completo, profissão e residência do policial morto. E resolveu omitir o nome da esposa para preservar-lhe a identidade. É óbvio que ela já está identificada.
Depois, ainda teve isto:
Até o fim desta edição ninguém havia sido preso pelo crime.
Ora, ora. O crime foi cometido no dia 3. Não se justifica esta expressão "até o fim desta edição". Ê, ê!
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