domingo, 30 de setembro de 2007

Manchete confusa


Manchete do Diário, de novo, promete uma coisa e entrega outra.
Fiquei curioso para saber qual seria o NOVO negócio que teria mudado perfil da periferia. No texto da capa, nenhum sinal. Corri para o caderno Negócios que, hoje, mais parecia um encarte publicitário do Sebrae. Também não fala deste NOVO negócio.
O enfoque do Caderno é em pequenos e não em um novo negócio. O título do caderno é Pequenos mudam periferia.

sábado, 29 de setembro de 2007

Ciro potiguar

Com tantos amigos, ninguém ainda propôs o título de cidadão cearense a Ciro Gomes, nem mesmo cidadão sobralense. Quem se habilita?



Ano que vem

Saiu hoje no Edilmar Norões

Turismo religioso
A romaria de Canindé que a cada ano mais ganha repercussão no Nordeste e em todo o País, será marcada neste 2008 por uma programação especial.

Apressadinho, heim?

Concordância verbal

Desconfio muito da utilidade desses projetos que visam a estimular os alunos a ler jornal. Pelo menos, os veículos cearenses deveriam chegar só mais tarde, quando já houvesse uma base melhor das noções de português nos estudantes. Há muito erro, muita coisa ruim com destaque. Isso pode levar o aluno achar que é o correto. E, lamentavelmente, os jornalistas, a maioria, escrevem muito mal. Quer ver?

Concordância verbal não é uma coisa tão complicada, é?

Pois as duas principais colunas do Diário apresentam esse tipo de deslize logo na primeira nota. Geralmente, a mais lida.

Edilmar Norões:
Em meio a mil e uma especulações, terminou por se confirmar duas versões envolvendo a sucessão fortalezense.

Comunicado:
Necessitam-se de apurações sérias, sem corporativismo.

Na Comunicado, tem mais uma estranheza, colocaram aspas neste título:
"É na tesoura ou na máquina?"

Fui ler para ver quem era o autor da frase. O texto não informa. As aspas são fios que deveriam ter sido raspados.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Comunicado no preconceito

Preconceito e obscurantismo na coluna Comunicado (Diário). A observação foi feita por leitor que prefere ficar no anonimato. Leia o que saiu na coluna de hoje:

A frase é boa, mas é collorida

O deputado tucano Luiz Pontes fez festa ontem, na tribuna da Assembléia Legislativa, para a queda da concentração de renda no Ceará, com base em matéria do Diário do Nordeste. Houve, segundo o Laboratório de Estudos da Pobreza, vinculado à UFC, recuo de 10,8% na concentração de renda no Ceará de 1995 a 2006. Pontes atribuiu a melhoria às gestões de Tasso Jereissati como governador. O chato é que escolheu uma frase infeliz para encerrar a fala - ´O tempo é senhor da razão´. Era quase um slogan adotado pelo ex-presidente Fernando Collor de Melo na agonia pré-impeachment.

Primeiro, uma correção. Não foi quase um slogan de Collor. Foi apenas mais uma frase que ele costumava aplicar em camisetas para exibir enquanto se exercitava. Usava para mandar recados. A frase realmente é boa e não tem nada de colorida.

Quando ela foi dita pela primeira vez, Collor ainda nem nascera. É um provérbio português, que não perde seu vigor conceitual nem deve ser deixada de lado só porque foi usada por Collor. Seria preconceito. E é também obscurantismo colocar no índex frases que foram repetidas por personagens que não nos agradam.

Imagine se Collor tivesse estampado em uma de suas camisetas uma frase de Cristo. Ela perderia seu valor? Bobagem, parece falta de assunto do autor.

Agora, a ironia apontada por nosso leitor. Ele avisa que o autor da Comunicado, coluna que não é assinada, é o jornalista Roberto Maciel, autor também de um blog, onde usou a tal frase como título de um post. Só ele pode usá-la? Leia aí:

terça-feira, 25 de setembro de 2007

WNADERLEY

Letras trocadas no título da Sônia Pinheiro (O Povo)

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Nu Iguatemi



Esta só saiu no Povo. Protesto durante corrida no Iguatemi, ontem. O Povo dedicou cerca de 70 cm, com duas fotos além da chamada de capa. Uma delas é esta, de um leitor.

O Diário deu cerca de 90cm, com três fotos. Nenhuma mísera palavra sobre o protesto. Vá lá que não desse a foto. Mas "esquecer" o protesto é se despir, aos poucos, da credibilidade.

domingo, 23 de setembro de 2007

Inaceitável


O Povo publicou enquete sobre voto secreto. De seis personalidades públicas, adivinhe qual foi o único defensor desta aberração: Inácio Arruda. O problema não é apenas a sua postura, inaceitável se verificarmos sua trajetória na oposição. A pobreza da argumentação é um acinte a seus eleitores: "garantia democrática contra pressões espúrias".

Fiquei matutando: que pressão espúria sofreu Inácio para absolver Renan. Seria a pressão popular "espúria"? O tão combativo Inácio precisa de garantia contra "pressões espúrias" dos poderosos, da mídia? Um pouco mais de respeito, senador. Senão aos cearenses, pelo menos aos seus eleitores.


Também opinaram: Roberto Macedo (Fiec), Hélio Leitão (OAB), Jerônimo Nascimento (CUT) e os senadores Patrícia Saboya (PSB) e Tasso Jereissati (PSDB).


Inácio foi o único dos senadores cearenses a esconder seu voto no episódio que absolveu Renan Calheiros. Fez tanta questão de não revelar o voto que acabou revelando.
Triste, inaceitável.


PS: O Povo esqueceu de acentuar a última palavra na pergunta da enquete:
O voto secreto protege o parlamentar de que?

sábado, 22 de setembro de 2007

Carlus Drummond

O talento de Carlus, do Povo, conquista primeiro lugar em concurso internacional com o trabalho sobre Drummond. Destaque de capa do Vida & Arte.

Marista


Tristeza e saudade evocadas pela foto de Marcus Campos na capa do Povo. Saudade do grande colégio, que formou gerações de cearenses, da capital e do interior. Tristeza por saber que encerram as atividades escolares. Menos mal que continuem com cursos do ensino superior.

Doação



Destaque para a foto de Gustavo Pellizon, na capa do Diário, na matéria sobre doação de órgãos.

Operação básica



Chamadas quase idênticas no Povo (à esquerda) e Diário. Com um erro básico. Afinal, foram oito ou 9 dias de greve? Os dois conseguiram errar numa operação básica, que dá para contar nos dedos. Vejamos.


O Povo diz 9 dias, mas nas contas dá 10. Na p.10, é dito que "paralisou a estatal desde quarta-feira". Vamos contar: quarta (1), quinta (2), sexta (3), sábado (4), domingo (5), segunda (6), terça (7), quarta (8), quinta (9) e sexta (10). Portanto, seriam 10 dias, e não 9 como está na chamada da capa e manchete de página.


E o Diário?
A chamada diz "após oito dias". Mas o texto afirma "iniciada no dia 13". Greve do dia 13 ao 21 dá 9 dias de paralisação.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Cheirando mal

Por que a cacofonia, terá sido proposital? Ignorância ou mau gosto. É uma ordem (fede, vaqueiro!)?

Aquela indumentária de couro, o suor... será isso o que passou na mente do autor de tão singela frase? Deve ser por isso que o local onde os vaqueiros costumam trabalhar se chama caatinga. Meio tosco.

Destaque na capa do Diário de hoje, foto de João Luís.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sobrenada

Rodrigo é o nome do novo editor de Nacional e Internacional do Diário. Sobre a demissão do editor anterior, nada. Como se fosse algo corriqueiro e não estivesse relacionado ao fato: votos manipulados para favorecer o Diário. Principal suspeito, o recém-demitido.

Continuam no ar as palavras do superior da Redação do Diário:

JORNALISTAS VÍTIMAS DE TEMPESTUOSA CASSAÇÃO.

Bem, se o ex-editor foi demitido por envolvimento no caso, fácil de supor, aquela frase pomposa e forçada "tempestuosa cassação" se espatifa, vira nada. Na verdade, a cassação nada mais foi do que a reparação de um dano ético, ferimento que fez cambalear a credibilidade da vetusta ACI. Esta, sim, a maior vítima.

E caiu no ridículo aquele início da mensagem que contrapõe a cassação de um prêmio conquistado à custa de fraude à absolvição de um "senador culpado".

Mas, se a demissão não tem nada a ver com o feito imperfeito, então tudo é lógico (a lógica deles, claro). Portanto, tem mais é que posar de bravo e anunciar premiação, numerário e solidariedade irrestrita aos profissionais de "prêmios cassados".

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Demitido

Soube que foi demitido o editor de nacional do Diário, acusado de manipular votos, fraudando o prêmio da ACI e provocando a saída de gente como Adísia Sá.

Aquela mensagem do diretor-editor, em defesa de seus profissionais e ao mesmo tempo sem dizer que o autor da "manipulação" também fazia parte de sua equipe, estava mesmo fora do tom.

Além de ter exagerado numa vitimização, jogou o ônus para a ACI, "esquecendo" que não foi a instituição, mas membro(s) dela o(s) autor(es) da ação que expôs os colegas ao ridículo.

E agora demite o "esquecido". Dirá alguma coisa na edição de amanhã?

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Diário e ACI

No post abaixo, manifestei expectativa de como a imprensa agiria no caso da fraude em prêmio da ACI, beneficiando o Diário. A suspeita da fraude recai sobre um dos editores do Diário. Foi a pior possível.

Calado, o diretor-editor do Diário teria se saído muito melhor. Vamos aos principais trechos do "pensamento do diretor-editor":

Na semana em que um senador culpado se livra da cassação de mandato, três jornalistas inocentes foram vítimas de uma tempestuosa cassação de prêmios.

O diretor-editor assume a defesa das "vítimas" e esconde o ilícito de um de seus editores. O começo do texto acima poderia ser este:

"Na semana em que um senador culpado se livra da cassação de mandato, um editor do Diário também escapa de cassação."

Foi punido apenas com advertência, pena desproporcional à gravidade do desvio ético que cometeu.

Além dos mais, os jornalistas não foram vítimas de uma "tempestuosa cassação". Eles foram vítimas de um colega de redação, com cargo de chefia, que agiu de maneira deliberada a beneficiar o veículo em que trabalha e é preposto.

O Diário do Nordeste permite que os seus jornalistas, por iniciativa pessoal, participem de concursos de reportagens como forma de promover a qualidade da produção editorial.

Olha aí, o Diário PERMITE. O Diário faz mais do que isso, estimula. E usa as premiações em peças promocionais.

Não importam as razões internas da entidade para a cassação: a falta de critérios do certame, o vazamento do resultado, a falta de comando e autoridade. O fato é que a visível desorganização da entidade, na promoção do concurso, prejudicou a imagem profissional de três excelentes jornalistas, que devolverão à ACI os certificados e os prêmios ganhos.

Não importam as razões??? Onde foi que o diretor-editor fez sua faculdade de jornalismo? Será essa a orientação que ele passa para a redação? Que coisa estranha!

Ora, o que mais interessa aqui são as razões. E o diretor-editor sabe muito bem delas. Ele prefere jogar o fardo nas costas da vetusta ACI, quando o integrante da instituição, culpado pela fraude e pelo constrangimento por que passam seus colegas de trabalho, é seu subalterno direto.

O Diário do Nordeste se solidariza com os jornalistas Nathália Lobo, Maristela Crispim e Fernando Ribeiro. Para a redação, eles são honrados como pessoas e respeitados profissionalmente, à margem das futricas das entidades de classe.

Solidariza-se com os profissionais atingidos, mas nenhuma linha para repudiar a fraude. Que beleza de ética.

Na mesma edição uma carta dos jornalistas "vítimas". Também jogaram a culpa na entidade e exageraram na vitimização.

Ah, não menos importante: que textozinho ruim o da carta. Como é que esse povo ganha prêmio?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Fraude na ACI

Que coisa, heim!
Começa muito mal a diretoria que prometeu renovação na ACI.
E que mico para os profissionais do Diário, vítimas também.

Uma das matérias "premiadas" do Diário é, na verdade, uma tentativa de responder aos questionamentos sobre revelação da identidade de Ana Bruna, uma testemunha que sabia demais e foi assassinada três dias depois da divulgação da matéria. Os questinonamentos partiram de procuradores e do ombudsman do Povo. Mas, se os jurados tivessem se decidido por ela, fazer o quê? Nem isso foi. Sujaram o nome da ACI em nome de quinquilharias.

A suspeita de manipulação de votos recai sobre o editor do Diário, vice-presidente da instituição. Foi advertido, mas não pôde ser expulsado. Só em caso de reincidência.

A imprensa cobra sempre ética dos políticos. Vamos ver como faz a "imprensa" na hora em que um dos seus comete esse tipo de desvio ético. Pode ele alegar como uma plêiade de petistas, incluindo Genoíno, que não cometeu o delito em benefício próprio, mas do veículo (ou governo, ou partido) para o qual trabalha (ou serve, ou milita)?

sábado, 8 de setembro de 2007

Erramos errado






Deu a louca no "Erramos" do Povo de hoje. Em vez de apenas corrigir, multiplicou erros:

a chamada "Casa Grande, das passarelas para à noveta das oito" tem dois erros: o sinal de crase é indevido e a palavra certa, é "novela".

Há apenas um erro, apontado aqui no no mesmo dia (2/8/7) no tópico noveta. Trazia a imagem da chamada:

Há dois erros mesmo é nessa frase do Erramos. A rigor, três erros. Primeiro, a chamada não tinha a preposição "para", citada no Erramos. Portanto, a crase é devida. Segundo: a rigor, deveria ter uma vírgula depois de "indevido" (mudança de sujeito). Essa vírgula depois de "certa", de jeito nenhum.

E ainda:

Na chamada "Confira qual raça se adequa melhor a casa" faltou crase no "a" e acento agudo em "adéqua".

Posso dizer "sua casa" e "a sua casa". A crase, então, não é imperativa. E dizer que "faltou crase" é inadequado. Seria "faltou acento grave", que indica crase, fusão de dois fonemas vocálicos em um só, geralmente o "a".
Quanto ao "adéqua", é compreensivo. Até pouco tempo, esse verbo estava na lista dos defectivos, o que impediria a construção da chamada. Mas o Houaiss já abona sua conjugação regular.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Foi bom

Gostei do reencontro com os jornais do fim de semana. Foi uma boa diversão, grato ao amigo pelo envio.
Continuam os mesmos...

domingo, 2 de setembro de 2007

Noveta


Desatenção na chamada do Buchicho na capa do Povo.

Sem adversário


Esqueceram, nesta chamada sobre futebol de informar quem foi o adversário do Fortaleza. Só diz isso:

Empate tricolor
Torcida preocupada: sem resultado positivo, o Fortaleza corre risco de rebaixamento
Deu mais informação na legenda da foto:

1x1
Disputa de bola entre César, do Leão, e Alex Terra
Identificou César como do Leão, o outro jogador é o adversário, ora bola, o time empatou, tirou pontos do Fortaleza, não precisa nem repetir o nome, não é mesmo? Quem entregou foi o fotógrafo José Leomar. A camisa, para quem não conhece, é da Ponte Preta.

Exagero


O Diário vende uma mercadoria na capa e entrega outra nas páginas internas. Vender é bem o termo, até em sua polissemia. A manchete é para vender jornal, está na cabeça dos responsáveis pela embalagem, a capa. Dar impacto é uma arte. Qualquer desvio vira caricatura, afetação. Transcrevo o texto da capa, com intervenções entre colchetes:


As invenções genuinamente cearense conquistam o mercado exigente do Brasil e do mundo
Note o tom ufanista mercado "exigente" do mundo, o Brasil incluído, claro. Continuemos.

A produção acadêmica cearense deixou os campi [olhaí, sabe latim. Mas não deveria estar em itálico?] universitários e ganhou espaço nas prateleiras do mercado tecnológico. Invenções como medicamentos, alimentos, equipamentos [entos, entos, entos...] e até robôs saíram das salas de aula da Universidade de Fortaleza (Unifor) [a primeira a ser citada, claro] e Universidade Federal do Ceará (UFC) [esqueceram a Uece] para ajudar a melhoria da saúde humana, desenvolvimento de combustíveis ou mesmo no auxílio ao combate de incêndios.

A culpa não é da repórter. Os textos falam de bons inventos, destaques e até sucesso empresarial. Á matéria boa, oportuna, chama a atenção para a pesquisa no Ceará, vital para seu desenvolvimento etc etc etc. Mas não precisava exagerar no ufanismo. Conquistar o mundo ainda é uma meta, bem desafiadora.

Entendo. Domingo, duas páginas de boas matérias, a manchete é sobre ela. Agora, como dar impacto, para vender? Me senti um pouco ludibriado como leitor. Mas valeu a leitura da matéria, pelo menos.

sábado, 1 de setembro de 2007

Chapa branca



O que faz O Povo dar essa manchete, com tanto destaque? Por que a demonstração tão explícita de jornalismo oficial? Sabe pra quê? Pra se amostrar, pra dizer que foi o único jornal do Ceará a ser convidado para uma entrevista com o presidente Lula. Coisa chic, não?

Dizer que a siderúrgica sai, já se repetiu tanto, tornou-se enfadonho. Então, como manchetar isso? E que coincidência!!! A entrevista foi feita no último dia de agosto. O presidente havia dito que até o final do mês gostaria de voltar ao Ceará para anunciar a siderúrgica. Enrolação.

Pois bem, O Povo foi escolhido para entrevistar o presidente. Teve de direito a uma pergunta, suponho (só uma foi apresentada). E o que fez? Fofoca. Atente para a pergunta:

Presidente, durante a eleição do ano passado o senhor foi criticado no Ceará, principalmente pelo senador Tasso. Ele dizia que o senhor não teria lá, no Ceará, nenhum grande projeto para apresentar. Há cerca de dois meses o senhor esteve no Ceará, ao lado do governador Cid Gomes, e, embora não tenha dado a garantia de que o faria, manifestou o desejo de retornar, ainda em agosto, para anunciar a siderúrgica. Agosto está terminando e o senhor ainda não retornou. Havia a expectativa de que talvez na semana que vem houvesse o anúncio. Eu quero saber se há alguma perspectiva de destravar a negociação com a Pretrobrás da siderúrgica, se tem previsão para o anúncio e até que ponto o lobby do setor siderúrgico nacional tem atrapalhado essa negociação.

Lamentavelmente, jogou a crítica para Tassso. Então, o repórter não concorda? Qual a grande obra de Lula no Ceará? Qualquer um pode perguntar. O repórter terceirizou a pergunta.

O pior, veio em seguida, quando Lula disse que o povo não o criticou, pois teve grande votação. Em vez de dizer, por exemplo, que o povo acreditou na promessa que agora custa a sair, o repórter se saiu com esta, quase como se se desculpasse. Veja:

Foi uma crítica localizada.

Quer dizer, ainda justificou. Uma crítica localizada. E terminou aí a participação do Povo, "um dos 11 jornais regionais mais influentes", convidado por Franklin Martins para o presidente Lula fazer discurso. Vai ver, fala-se tanto da mídia golpista, que querem agora a mídia adesista.

Mesmo quando Lula falou que a siderúrgica pode sair, tendo o carvão como combustível. Ora, a única participação do governo é o fornecimento subsidiado do gás. Se é carvão, é porque o governo não cumpriu sua parte.

Bem, O Povo dever ter garantido outro convite para um próximo encontro.

Uma capa provinciana.

Desinformação na Comunicado

Veja só o que escreveu a coluna Comunicado, de hoje, do Diário:

Sai de baixo
Foi a toque de caixa a aprovação na Assembléia do projeto do Executivo que estipula taxas de serviço do Detran, vinculando-as à Unidade Fiscal de Referência do Ceará. Ou seja, o trator governista passou, sem dó, por cima de elementos básicos do diálogo político. Inclusive desprezando requerimento de audiência pública com a presença de representantes da OAB-CE, feita pela oposição - ou seja, por Adahil Barreto (PR).

Parece que a nota foi feita com antecedência. Pois é pura desinformação, a matéria só vai ser votada na próxima semana, o que não invalida seu comentário. Mas não pode se basear numa desinformação tão rasteira. Se tinha preguiça em apurar a notícia, bastava consultar os colegas de jornal que cobrem a política. Ficou meio ridículo, pois está no mesmo jornal, na página vizinha (p.3), logo no abre da matéria principal:

Sem o número suficiente de deputados para garantir a aprovação. fica adiada votação do projeto ligado ao Detran