Questão de opinião
Pensamento capenga nos três artigos que compõem a página de opinião do Povo de hoje. A começar pelo do jornalista, cujo título é "E se dependêssemos do Congresso?". A coisa mais fácil é bater no Congresso, aliás uma estratégia do Executivo. Mas poderia, ao menos, argumentar melhor.
Inconformada, a oposição se sente atingida por não ser normal na Casa uma investigação solicitada pela situação, como se tudo ali não tivesse o cunho político.
Em vista desse impasse a oposição ameaça obstruir os trabalhos por tempo indeterminado aumentando o desgaste do poder legislativo.
Ou é muita ingenuidade do jornalista ou militância política. Ora, uma das funções básicas do Legislativo é fiscalizar o Executivo, que tem manobrado para evitar que isso aconteça, tomando a iniciativa de propor a CPI, depois que ela foi cogitada pela oposição. O que o Executivo quer é controlar a CPI ficando com os dois cargos mais importantes, a presidência e a relatoria, para que nada se investigue. Aí, sim, desgasta o Legislativo. O que faz a oposição? O que há de legítimo, obstrui as votações para fazer o governo recuar. O repórter acha mesmo que isso é paralisar o Congresso?
O segundo artigo, sob o título "Roubocracia", diz a que veio logo no primeiro parágrafo:
A coisa mais idiota que você pode fazer é pegar uma pedra de calçamento, jogá-la para cima e ficar debaixo dela, esperando que ela caia na sua cabeça. Aliás o mundo agradeceria: com sua morte, diminuiria o número de cidadãos inúteis na sociedade.
Gente, que coisa mais besta!
O terceiro, fala "Do fracasso da obviedade", assinado por Acrísio Sena. A despeito de fazer apologia da prefeita de Fortaleza, o mote do artigo explica as infelizes declarações sobre a queda da arquibancada do pobre carnaval de Fortaleza. A reposta óbvia é que a culpa é da Prefeitura, responsável pelo evento e pela contratação das empresas que o realizaram. Como a obviedade é coisa do passado, apela-se para o novo: a culpa é da oposição.
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