CNBB apóia suicídio
Quando dom Cappio começou sua segunda greve de fome contra o compartilhamento de ínfima parte das águas do São Francisco para um Nordeste muito mais seco que a região de Sobradinho, a CNBB emitiu uma nota, em 27 de novembro, sem qualquer admoestação ao extremo ato do franciscano, mesmo sabendo que a causa do martírio auto-imposto não é consensual nem dentro da igreja:
Temos clareza que o tema da transposição do Rio São Francisco traz consigo muitas implicações, não havendo unanimidade nem mesmo na Igreja, o que julgamos perfeitamente compreensível.
Agora, dia 12, dirigiu uma nota ao presidente Lula manifestando preocupação com "a pessoa e a vida" do frade. E não se tem notícia de carta endereçada ao bispo, agindo voluntariamente contra sua própria vida. O máximo que a igreja faz é lembrar a Bíblia "todos tenham vida" para fazer um apelo ao... Lula.
E, para completar, o Conselho de Pastorais, da instituição, ainda faz este apelo:
Neste tempo de Advento, vivenciando a esperança, convidamos as comunidades cristãs e pessoas de boa vontade a se unirem em jejum e oração a Dom Luiz Cappio, por sua vida, sua saúde e em solidariedade à causa por ele defendida.
Ainda acho que a Igreja deveria deixar claro para seus fiéis que este ato extremo, apesar de praticado por uma autoridade eclesial, não deve ser imitado. Daqui a pouco teremos uma legião de místicos acreditando que o rio é mesmo São Francisco e se mostrarão dispostos ao martírio. E aí, seria uma questão de fé?
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