domingo, 16 de dezembro de 2007

Defesa do idioma

O título acima é o mesmo do editorial do Diário, que começou assim:
A lentidão é marca característica do processo legislativo,
Melhor excluir uma das duas palavras.
especialmente quando os projetos de lei se originam nas duas casas do Congresso Nacional.
Expressão desnecessária.

Mais na frente, depois de falar de silvícolas e africanos, chega a esta conlusão:
Assim, o País perdeu muitos idiomas, tanto indígenas quanto negros pela imposição da língua portuguesa.
Do pouco que me lembro das aulas de história do Brasil, já vigorava a língua portuguesa quando os africanos chegaram. E, obviamente, a deles não era língua autóctone. Portanto, não se pode dizer colonizada. Ao contrário, se ela tivesse prevalecido seria colonizadora.

Depois, veio esse problema de regência verbal:
A proposição obriga a que todos os documentos oficiais sejam escritos na língua portuguesa

E ainda:
e combate as expressões estrangeiras, determinando a imediata tradução no próprio quando não for possível evitá-las

Conclusão surpreendente:
A matéria será levada ao plenário da Câmara onde se espera que seja aprovada com urgência.
Para quem iniciou o texto dizendo que a lentidão é a "marca característica" do legislativo, é contraditório esperar urgência.

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