terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Edição política

Qual foi o assunto político do dia?
A avaliação de Luizianne.
Onde esse assunto foi tratado no Diário? Na editoria de Política, claro. Óbvio que não! Lá, só se fala em Ilário x Cartaxo, com repeteco na Comunicado. Saiu na página vizinha, a Nacional, p.5. Vamos ver a página.

A começar pela foto, primeiro alvo do olhar. Boa imagem captada por José Leomar, mas não é neutra.

Depois, o título:

Fortalezenses dão nota
5 à gestão de Luizianne


Num ranking em que décimos decidem posições, dava para colocar no título a nota real: 5,2. Não vale argumentar falta de espaço, veja aí:

Fortalezenses dão nota
5,2 à gestão Luizianne


O próximo alvo é o abre da matéria, claramente negativo, como se vê ao lado. Chamou atenção para a reprovação [que é maior que a aprovação, podem alegar].

Agora o olho corre para quadro com o ranking dos prefeitos. Ontem, teve um quadro semelhante, incluindo todos os 10 governadores avaliados. Hoje foi diferente, apenas seis. Luizianne ficou na faixa de baixo, entre os três últimos.

Depois vem a legenda. Vai dizer quarta entre nove. Isto é, medíocre:

Luizianne Lins ficou com a quarta colocação entre os prefeitos das nove capitais pesquisadas.
Pode-se parar por aqui a não ser por uma teoria conspiratória.

Ao lado da matéria com a foto da prefeita, há outra com foto de um dos seus. Arimá Rocha foi assinar um convênio, foi adiado. Que sorte!

No cabeçalho da capa, outra dor de cabeça do PT, partido da prefeita.


Ao contrário do Diário, o Povo soltou fogos. Antes, veja o conjunto da página ( a outra metade é anúncio).
Enquanto isso, o Povo festeja como se já fosse réveillon. Luiziane é popular na chamada de destaque na capa, de ponta a ponta no cabeçalho, e no título na editoria de política.


Um comentário:

Anônimo disse...

caro André, senti falta de seu comentário sobre a história da Petrobras X Governo. Depois que você apontou, passei a concordar que o jornal O Povo vinha desesperadamente tentando negar informação do Diário, que se confirmava cada dia mais, de que a Petrobras negava haver dívida. Conforme você apontou, parecia coisa de quem não tinha se conformado com o furo. Eu já achava impossível a Petrobras pagar uma dívida sem contrato, sem nada. Mas hoje os jornais trazem informações que contrariam a tese. E eu fiquei achando que é o Diário que não quis dar o braço a torcer. Porque não me entrou na cabeça essa conversa de que uma empresa como a Petrobras, num dia, nãoreconhecia dívida. No outro, topou pagar 150.000.000. Me pareceu que o jornal O Povo estava com a razão.