domingo, 2 de dezembro de 2007

Suicídio de Cappio


O equivocado gesto do bispo de Barra contra a transposição do São Francisco mereceu comentário certeiro da coluna Concidadania do Povo. A coluna qualifica de chantagem a ação "franciscana". Se o bispo quer mesmo se suicidar, não custa lembrar que seu nome, de origem italiana, quer dizer laço, laçada.

MIRAÇÃO
O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, ao tentar chantagear o governo brasileiro com uma nova greve de fome, envereda pela tentação autoritária e messiânica que imagina ter respaldo numa sociedade complexa e sofisticada como a brasileira. Se é fanático, do ponto de vista político, seu comportamento como quadro hierárquico de uma religião que sempre condenou o suicídio é verdadeiramente escandaloso para os católicos. Ainda que sua posição política fosse correta (e não é), não poderia - como membro de uma religião que prega a sacralidade da vida e a supremacia do espiritual sobre o temporal - enveredar por um caminho de absolutização do temporal. Uma leitura da encíclica do papa, lançada neste fim de semana, e que já circula na Internet, poderia servir para alertá-lo do quanto está equivocado e afastado da doutrina da Igreja. É de se supor que ele faz isso movido pela convicção íntima de estar correto (os hospícios estão cheios de Napoleões Bonaparte), mas, o povo brasileiro não pode pagar pela crise de auto-ilusionismo de alguém que teve a infelicidade de perder a capacidade de discernimento. Resta esperar que o papa consiga levá-lo a recuperar o bom senso.
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