sexta-feira, 25 de abril de 2008

Morre Demócrito

Luto na imprensa cearense. Já não está entre nós o presidente do O Povo, Demócrito Dummar. Segundo as primeiras informações, matou-se hoje, no início da tarde, com arma de fogo. Neste momento, é grande o movimento na casa da família (endereço omitido, aceitando sugestão de leitor).

14 comentários:

Anônimo disse...

É uma pena!
Trabalhei quase vinte anos no Jornal O POVO e pra mim ele sempre foi uma ótima pessoa.
Muito humano e capaz de ajudar muita gente.

Francisco José da Silva

Unknown disse...

Olá André,
dessa vez vc foi mais rápido do que o Eliomar. Não havia nada lá por volta das 16 horas...E confirmei a notícia aqui. O estranho é quando voltei lá, havia um post com horário anterior....não entendi nada.
Jussara

Anônimo disse...

Desculpe-me, admiro seu trabalho, mas sou totalmente contra a divulgação do endereço da casa da família.

Anônimo disse...

Que estranho você colocar essa causa da morte sem se certificar, não é mesmo? Logo você que se diz o sabe-tudo da imprensa cearense e que vive corrigindo possíveis erros nos jornais.

André Carvalho disse...

Caro anônimo, jamais me coloquei como sabe-tudo da imprensa cearense. Estou muito longe disso. Publico sempre de acordo com minhas convicções e com minhas fontes. É a informação que eu tenho. Você tem outra?

Anônimo disse...

O curioso é que existe um pacto para que não seja tocado no modo como o presidente d'O Povo morreu. O DN não vai fazer isso, muito menos - óbvio -, o próprio jornal do extinto. Democrito decidiu tirar a vida para não ver a derrocada, o fim de seu jornal que, infelizmente, está próximo.

Emílio Moreno disse...

Há de se haver responsabilidade, mesmo quando se faz um blog. A divulgação da causa da morte do Demócrito ou a declaração da família neste momento não sobrepõem a dor e o impacto da sua morte.

Mesmo sem o conhecer direito, tive em rápidos momentos com ele. O mais importante é o legado deixado por ele, não falo apenas do jornal, mas do exercício de liberdade e de pluralidade que ele deixou.

É norma das empresas jornalísticas não mencionar suicidios por uma questão ética. Apesar do comentário geral na cidade, não há uma versão oficial [nem da família nem da polícia]. Por tanto é leviano levantar a questão apenas dizendo que os órgãos foram negligentes.

André Carvalho disse...

Caro Emílio Moreno,
Não se faz jornalismo apenas com versão oficial, imagino que devam ensinar isso nas faculdades. Não conheço essa "norma das empresas jornalísticas de não mencionar sucicídios". Acho que você está equivocado. Além do mais não é divulgar suicídios, mas a causa da morte. Eu, leitor, senti-me lesado no direito à informação. Se você pensa diferente, respeito. Dizer que faltou reponsabilidade ou que houve leviandade, não respeito.

Anônimo disse...

Na verdade, ninguém tá levantando nenhuma calúnia aqui nesse blog. Assim que soube do acontecido liguei para alguém bastante próximo da família, o qual me confirmou a causa da morte dessa pessoa tão querida que foi Demócrito Dummar. Amigos, colegas ou apenas conhecidos, sejam aqueles que estão por perto, em Fortaleza, ou longe, em países diversos, todos queriam saber como aconteceu essa perda repentina de alguém que para muitos se tornou referência. Não julgo quem tenha querido saber se foi suicídio ou não e concordo que comunicar esse fato à sociedade de um modo geral não diminuiria - jamais - a grandeza da pessoa e do legado deixado por Demócrito Dummar. Pelo contrário. Enfim, essa é a opinião de quem o conheceu pouco mas o admirou muito.

Anônimo disse...

Divulgar ou não um suicídio...
Isso é uma questão ética já tratada anteriormente pelo próprio ombudsman do Jornal O Povo.
http://www.opovo.com.br/opovo/ombudsman/pliniobortolotti/535603.html
Link interessante, pois tem a opinião de profissionais da área.
Espero que ajude a diminuir esta mal-estar que está se formando por aqui.

André Carvalho disse...

Caro Israel Joca,
O Povo ora divulga, ora não divulga. Alegam estudos de especialistas, também não divulgados. A coluna do ombudsman fez muito bem em levantar o tema para justificar procedimeno do jornal, e ficou claro que não existe esse "estudo", apenas opiniões de profissionais contatados sobre o assunto. Não é definitivo. Gostaria de conhecer esse estudo, muito falado, muito alegado, jamais divulgado.

Anônimo disse...

Ora, que raio de jornalismo seria se não divulgassem a verdade??? Afinal a imprensa esta ai e é importate que as pessoas saibam que o cara se matou por um motivo torpe. Torpe sim pois nada justifica um suicídio. Ele pode ter sido a melhor pessoa do mundo, mas foi covarde e se matou, essa deveria ser a chamada de notícia no jornal dele.

Marcelo

Anônimo disse...

Alguém sabe o real motivo pelo qual o empresário Edson Queiróz Filho deixou a política em 1997? Ele simplesmente renunciou ao mandato naquela ocasião e o fato foi comunicado em notas timidas e curtas nos jornais. Ele na época tinha pretensões de voos altos. Gastou muito para tentar ser prefeito de Fortaleza em 1996 e não fez feio na disputa. De repente pediu para sair. Sem um motivo, uma justificativa. Sua renuncia virou caixa de pandora da imprensa local. Ninguém comentou, ninguém questionou, e até hoje quem nele votou está a se perguntar porque renunciou. Imaginem então nesse caso do Demócrito. Se a questão teria sido motivada pelo endividamento, um to tresloucado de desespero entendo que esses detalhes até podiam não ser revelados. Mas a noticia de que o homem matou-se embora não publicada é assunto corrente em qualquer lugar. O povo se informa de boca em boca sem esperar pelo O Povo, ou DN ou qualquer outro meio de comunicação. De todo modo o desaparecimento de um homem que aparentava alegria, gosto de viver, paixão pelo que fazia, com seus defeitos e qualidades, é uma perda enorme. Que a meu ver pode significar sim o fim do jornal, ou de sua filosofia.

Anônimo disse...

"É norma das empresas jornalísticas não mencionar suicidios por uma questão ética."

Como é?? Se isso for verdade, é mais um motivo pra eu detestar os jornalistas. Como se fosse pouco o fuzuê que fizeram com o caso Isabela Nardoni.