Não tem sentido
Na coluna Política (O Povo), o jornalista Fábio Campos cometeu dois deslizes. No primeiro tópico, afirmou que o PSDC tem um deputado no Ceará, Gomes Farias. Tem dois, também Ely Aguiar.
No segundo tópico (MONTUROS TÊM "ESTÍMULO" MUNICIPAL ), deu abrigo a um argumento que fere a cidadania. Um leitor, no melhor estilo "lei de Gerson" defende que a Prefeitura recolha o entulho que ele produziu na sua casa:
‘A Prefeitura não retira entulho de particulares, só o que está em via pública’. Entendeu? Se eu jogasse o entulho na rua e chamasse o 0800, eles viriam, caso contrário, não. Isto é ou não é um incentivo para sujar a cidade? O dilema do cidadão está entre contratar uma empresa particular de coleta, que cobra entre R$ 70,00 a R$ 120,00, dependendo do tipo de entulho que vai retirar, por caçamba, ou um puxador de carrocinha, que faz a retirada por R$ 5,00, talvez menos.
Desculpa, Fábio, não há dilema para o cidadão. Ele deve cumprir seus deveres para usufruir dos direitos. É obrigação dele recolher o entulho e não da Prefeitura. A coluna continua:
Cidadania não se mede por valores monetários, lógico, mas, a grosso modo, digamos que só investirá de R$ 65,00 a R$ 115,00 no recolhimento do entulho quem tiver alto grau de consciência cidadã - além de dinheiro disponível. Caso contrário, rua com o entulho - ao custo de R$ 5,00. Não seria mais inteligente a Prefeitura recolher o entulho residencial e de pequeno porte antes, já que, provavelmente, em vista do ‘custo-cidadania’, terá de recolhê-lo depois?”. Tem sentido.
A primeira frase acima tem todo sentido. Pois o cidadão poderia estar num dilema meio sórdido. Arcar com os custos para recolher o entulho que ele produziu ou se submeter a multa no caso de "rua com o entulho". O cidadão está querendo privatizar o Estado, fazendo com que toda a sociedade (via IPTU) pague por uma dívida que é só sua. E isso não tem o menor sentido.
PS: a expressão é grosso modo, e não a grosso modo
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