Tropa de Elite
A coluna Crítica (Diário) veiculada aos domingos, no Zoeira, sob o título “Mundo cão País afora...”, analisou o Tropa de Elite. Viu muitas coisas no filme, mas, apesar de achar péssima higiene mental, precisa rever a ação dos caveiras. Pois deixou de ver algumas coisas. Imagino que o filme lhe causou incômodo, mal-estar, e o fez menos atento do que comumente.
Encadeou umas imprecisões a partir deste trecho:
Fez boa ligação entre o caso do estudante negro (um policial infiltrado) e a estagiária de uma ONG.
O policial negro não era infiltrado, não estava em missão. Ele cursava Direito numa faculdade de gente rica e omitira sua condição profissional. Não é bem uma relação entre um estudante e uma estagiária de uma ONG. É uma relação entre dois estudantes de Direito, ela militante de uma ONG que atua na favela.
Encadeou umas imprecisões a partir deste trecho:
Fez boa ligação entre o caso do estudante negro (um policial infiltrado) e a estagiária de uma ONG.
O policial negro não era infiltrado, não estava em missão. Ele cursava Direito numa faculdade de gente rica e omitira sua condição profissional. Não é bem uma relação entre um estudante e uma estagiária de uma ONG. É uma relação entre dois estudantes de Direito, ela militante de uma ONG que atua na favela.
Capitão Nascimento com sua HK MP-5
No parágrafo seguinte, um cochilo:
Aqui insere a crítica velada sobre o consumo de drogas no seio da classe média.
É um dos destaques do filme a crítica aos consumidores de drogas (coca e maconha). Há um discurso sobre isso, são tidos como financiadores do narcotráfico. E isso é repetido várias vezes, na narração do capitão Nascimento, na cena da tortura, fala nas crianças perdidas para o tráfico cada vez que um playboy fecha um baseado, na cena da passeata, de forma contundente. Uma discussão que o filme teve coragem de fazer. Apontar a contradição: os viciados da zona sul, financiadores da violência, fazem passeata pela paz.
Teve mais esta, ao falar de imagens-significantes:
A morte horrível do traficante queimado vivo dentro de um “casaco” de pneus.
No parágrafo seguinte, um cochilo:
Aqui insere a crítica velada sobre o consumo de drogas no seio da classe média.
É um dos destaques do filme a crítica aos consumidores de drogas (coca e maconha). Há um discurso sobre isso, são tidos como financiadores do narcotráfico. E isso é repetido várias vezes, na narração do capitão Nascimento, na cena da tortura, fala nas crianças perdidas para o tráfico cada vez que um playboy fecha um baseado, na cena da passeata, de forma contundente. Uma discussão que o filme teve coragem de fazer. Apontar a contradição: os viciados da zona sul, financiadores da violência, fazem passeata pela paz.
Teve mais esta, ao falar de imagens-significantes:
A morte horrível do traficante queimado vivo dentro de um “casaco” de pneus.
A análise foi muito boa, logo nas primeiras linhas ao afastar a pecha que ressentidos querem impingir ao filme, fascista. Bravo!
Além do que foi tratado na crítica, acho que está faltando alguém analisar o aspecto militar, as táticas, a verossimilhança até nos detalhes.
O filme faz pensar. Seria, de longe, o melhor representante do Brasil no Oscar. O público de Hollywood entenderá bem a linguagem do Tropa de Elite.
Leia a crítica na íntegra Mundo cão País afora...
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