terça-feira, 19 de junho de 2007

Coisas de 1977

Muito agradável o texto de Batista de Lima, na p.3 do Caderno 3 do Diário. Recomendo a leitura. Antes, algumas observações:

Há trinta anos
Fazia escuro mas a gente cantava. Ainda se dançava de rosto colado e pouco se falava de glicose, cálculo renal, ácido úrico e dengue hemorrágica. Já se consumia tanto álcool que até os carros se embebedavam e a gente ainda amava os Beatles e os Rolling Stones, e jogava no bicho, porque se desse carneiro
O poeta que escreveu a letra para Ednardo compor a música jogava mesmo era na Loteria Federal.

íamos para o Rio de Janeiro e voltávamos nas capas das revistas coloridas,
Perdão, professor, mas não seria iríamos, já que está na condicional?

e a gente invejava Vinícius, queria a tosse do Bandeira, a secura de João Cabral, o pigarro do Graciliano
A tosse do Bandeira, o pigarro do Graciliano, vocês queriam isso mesmo?

Quintana espiava por traz da vidraça a nossa pequenez poética e a Academia lhe dava as costas
Aqui, trocou-se o s pelo z.

Há trinta anos Tenerife, nas Canárias, entrou no mapa mundi.
Essa palavrinha tem hífen e acento: mapa-múndi.

O texto está uma delícia. É o primeiro artigo dele que leio de cabo a rabo.
Para ler, clique aqui.

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