terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Promoção telecheque


Fiquei na dúvida se a manchete de hoje do Diário era jornalismo ou publicidade. A matéria tenta convencer os comerciantes de que é mais vantajoso vender parcelado no cheque pré-datado do que no cartão de crédito. Quem escolta os argumentos é o pessoal do Telecheque, empresa que se beneficia com o serviço. Ninguém das operadoras de cartão foi ouvido.

Mais um elemento publicitário de convencimento foi esse destaque dos 40%, que seria o percentual de redução dos custos nas vendas. Puro chute. As contas não batem. Aliás nem são apresentadas. O repórter nem se preocupou em checar os números para conferir redução tão drástica. Apenas lero: fim da CPMF, aumento do IOF, taxas. Para chegar a 40% tem é Zé.

Aí tenta convencer que também é bom para o consumidor. E ainda diz que o consumidor não sabe que há uma operação de crédito nas compras a prazo, na matéria de capa do caderno Negócios: nas compras a prestação quando a loja parcela o valor, mas recebe a quantia à vista da administradora do cartão. Nesse caso, sem o cliente saber, há uma operação de crédito acontecendo, encarecendo a transação

Tenho a impressão que todo consumidor sabe que prestação é sinônimo de crediário. O que ele pode não saber é que há um custo para o lojista, repassado ao cliente.

Na segunda matéria sobre o mesmo assunto, com um título que mais parece uma ordem que uma previsão (Utilização deve subir 10%), um argumento estranho do Telecheque é assumido no abre da matéria: A estimativa é do Telecheque. Para a empresa, uso do pré-datado dá mais acesso para a baixa renda

Sem dados seguros, ouso também dar meu chute. É mais fácil uma pessoa de baixa renda ter cartão de crédito do que cheques. Duvida?


TROCA DE SEXO - ainda na capa, na chamada "Pelo telefone, bando aplicava golpes no Rio", esta promiscuidade: Três acusados já foram identificados. Duas foram presas. O terceiro já estava no presídio


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